Queria poder
falar tudo o que eu preciso, sem que elas me interrompam, sem que me critiquem
no meio da frase, preciso que me entendam de verdade, que me ouça ate o final,
e que apos eu falar tudo e fizer silencio, que esta fale o que tenha a dizer,
sem que eu interrompa, mas parece difícil elas se dizem disposta à ouvirem, mas
quando começo a dizer, elas interrompem antes mesmo da primeira palavra.
Quanto mais você tentar me agradar, de você menos vou gostar, não tenho paciência para baba ovos e bajulação a troco de algo que lhe interessa, não é porque você tá elogiando, mimando e fazendo o que quero, que você mereça o quer, as vezes um que nem sempre faz o que quero mereça mais. Sou bipolar, hoje posso te querer ao meu lado, amanhã posso não estar a fim de te ver. E se eu te magoar, desculpe - me, e caso você avise, posso repetir a dose mais tarde, mas não pense que sou assim o tempo todo e com todo mundo, sou varias em uma só, posso ser seu doce veneno, ou seu pior pesadelo. Depende de como sou tratada. Tenho algumas doenças crônicas como, chatice, tagarelismo e animação ou desanimo excessivos. Tive que acostumar.
Meu coração se despedaça mais a cada momento, todo dia, uma nova decepção, uma nova ferida, e mesmo depois da cicatrização ele não voltara a ser como antes, as lembranças vão estar sempre lá pra me atormentar, e mesmo com pessoas ao meu lado, em algum momento me sentirei mal, um mal que parece não ter fim, uma dor insuportável.
Chega um momento em que eu me sinto esgotada demais, me sinto fraca pra continuar a viver, as coisas da vida me enfraquecera como jamais visto e as vezes eu queria deixar essa vida, sinceramente, agora mais que nunca.
Olhe nos meus olhos, não diga nada, olhe fixamente nos fundos deles, leia o que eu quero te dizer, nos meus olhos verás oque eu sempre quis falar, mas sempre me deixei calar, leia meus sentimentos mais profundos. Olhe para mim, e diga que sabes que estou mal mesmo dizendo que estou bem. Faça-me apaixonar com a força de um olhar sincero e não com mentiras.
_ Aceita uma xicara de falsidade ? - oferece Jane.
_ Não obrigada. – diz Kelsey
_ Hn, que tal um biscoitinho da discórdia então ? - ela tenta convencer a garota a todo custo, ela quer porque quer que a garota se torne como ela.
_ NÃO OBRIGADA ! Estou ótima assim mesmo, e as coisas oferecidas por você, eu quero nada. Sou alérgica, sorry - disse
_ Porque ? - perguntou Jane, quase em desespero, se ela não convencesse a garota, sua ‘maioral’ a expulsaria do grupo, após longas horas de xingos e sermões.
_ De boa mesmo, porque, não quero ser como vocês, não iria me sentir bem, não quero ter pessoas ao meu redor que sejam falsas, briguentas e coisas do tipo, e que usam disso e da chantagem para conseguir ‘amigos’, eu quero que me reconheçam pelo que sou, pelo que prezo, e não pelo que tenho .. sabe, é isso ! Não na verdade tem mais coisas, mas acho que você não aguentaria ouvir. – Disse Kelsey, com calma, fazendo caras.
Jane a olhava atenta, e ao mesmo tempo que aparentava ‘gostar’, parecia que não gostava.
Kelsey olhou para Jane, sorriu e saiu andando, logo desapareceu entre as arvores do enorme parque. Jane no fundo queria ser como Kelsey, mas ela sempre deixará se influenciar pelos demais.
Sou insegura sim e também tenho medo. Medo de que apareçam pessoas melhores que eu e roubem meu lugar no seu coração, medo de que você me troque por alguma outra qualquer coisa, tenho medo de que eu não seja boa o suficiente para permanecer ao seu lado, e que justo nesse momento você encontre alguém que te faça melhorar, tenho medo de que você me esqueça. Tenho medo das outras pessoas. Elas podem fazer mal, mesmo julgando não ser, são estupidas mesmo sem perceber, e eu definitivamente não gosto disso.
E agora estou aqui, abandonada, sozinha, e com o coração quebrado, tenho que me ‘levantar’, mas não tenho forças, não sei o que será de mim, da minha vida, só sei que assim não dá mais pra continuar, não desse jeito. Mas o que fazer quando não há mais nada a ser feito ?
Quando ela estiver triste, quieta em um canto qualquer, mais calada que o normal, afirmo –lhe com toda certeza que nessa hora não adianta tentar anima –la com conversas, piadas e nem mesmo relembrar micos e bobagens que foram ditas, a única coisa que ela realmente precisa nessas horas é de um abraço forte e sincero, e poucas palavras, apenas isto.
Chega um momento em que você não aguenta mais fingir ser uma pessoa que você não é, as coisas vão se sobrecarregando e o clima entre você, sua mente e seu coração se tornam insuportáveis.
Quando agente assiste a filmes temos, logo, uma imensa vontade de mudar muitas coisas da nossa vida, seja um simples corte de cabelo ou ate mesmo a personalidade, mas na verdade é tudo uma grande ilusão, na real mesmo, é apenas uma depressão ilusiva pós-filme, logo você se esquecera de tudo, e ao assistir a outro filme, tudo voltara novamente, sempre do mesmo jeito, como um circulo vicioso.
Às vezes sonhar é tão deprimente e frustrante, passamos horas sonhando acordada, imaginando do nosso jeito, pensando como seria se tal coisa acontecesse, mas quando agente volta à realidade é tudo totalmente o contrario de como imaginamos e queremos, aí sim bate um sentimento de angustia, de que tudo o que temos não é suficiente.
Sabe quando chega um tempo em que você não aguenta mais as pessoas que te rodeia, a vida que tu vive, as cenas que presencia, então é esse tempo que eu estou vivendo, todos me xingam, me culpam, me jogam pedras, mas se transformam por completo quando quer algo de mim, são todos falsos e eu não suporto mais isso, eu só queria ter minha vida 'calma' de volta, sem tumulto de pessoas falsas, sem esses que tanto me criticam, mas transformam quando quer algo. Eu só queria voltar a ter paz, por um instante, mas parece tão impossível, não da minha parte, mas pelos outros, lhes falta uma coisa chamada percepção, faltam perceber que estão sendo inconvenientes, que estão atrapalhando não só a minha vida, faltam perceber que eu não os suporto mais, mesmo eu falando isso com todas as letras, faltam sumir da minha vida, me deixar em paz, esquecer que eu existo.
